Game Reviews: Final Fantasy XIII

on quarta-feira, outubro 06, 2010
O mundo de Final Fantasy XIII se chama Pulse. Fal’Cies criaram Cocoon, um mundo que flutua nos céus de Pulse, o mundo onde a maior parte da história se passa.

Fal’cies e humanos, criações de um mesmo ser (No jogo apenas citado como Criador), vivem em Pulse e Cocoon. Enquanto fal’Cies são como entidades divinas, os humanos são apenas seres normais, que não podem usar magias. Há dois tipos de fal’Cies, os de Sanctum (Organização Sagrada de Cocoon) e os de Pulse. Ambos os fal’Cies são responsáveis pela criação e manutenção da terra onde os humanos residem, por exemplo: Os Sanctum fal’Cies produzem luz, energia, clima, comida, entre outros para a população de Cocoon. Para os Pulse fal’Cies, Cocoon é tida como inimiga.

Quando um humano se aproxima de um fal’Cie, ele pode ser transformado em um l’Cie. Ser um l’Cie é considerado uma maldição, pois você tem um Focus (Objetivo) á cumprir, algo não muito detalhado, você tem apenas uma visão que não lhe dá muita idéia do que se tem que fazer. Se o seu Focus for cumprido á tempo, você se torna um Cristal e ganha a vida eterna, caso não consiga, você se tornará um Cie’th, um tipo de monstro. É dito que o Focus dado pelo Pulse fal’Cie é destruir Cocoon, portanto sempre quando um Pulse fal’Cie é localizado em Cocoon, a área onde ele está sofrerá o Purge, um tipo de exilamento de Cocoon, todas as pessoas (Sendo l’Cies ou não) serão enviadas para Pulse. Um ponto interessante é que os l’Cies podem usar magias e ainda usar Eidolons.

As pessoas de Cocoon temem Pulse, pois não sabem o que tem lá. Quando um Pulse fal’Cie aparece em uma cidade de Cocoon, as pessoas sofrem o Purge, e é ai que nossa história começa! Em um trem em direção á Pulse, Lightning (protagonista do jogo) prepara um ataque, seu objetivo é ir até o Pulse fal’Cie resgatar sua irmã, Serah, uma l’Cie. Snow tem o mesmo objetivo de Lightning, mas a diferença é que Serah é noiva dele. Snow comanda o Team NORA, um tipo de grupo “anti-governo”, que é contra o Purge.

Durante acontecimentos, conhecemos outros personagens (No total são seis personagens jogáveis: Lightning, Sazh, Snow, Hope, Vanille e Fang) e vemos como todos eles se tornam l’Cies, e desde então tentam descobrir seu Focus, enquanto fogem do governo em uma corrida contra o tempo.

Bem, expliquei apenas o básico para se jogar, nada de spoilers que irão prejudicar seu jogo. Muitas pessoas que não entenderem a história, ou não sabem o básico, ou não leram a enciclopédia que o game tem no menu, explicando sobre l’Cies, fal’Cies, Sanctum, Cocoon, etc...

São 13 capítulos, totalizando cerca de 40 horas de jogo (Sem side-quests), onde o principal é a história. Temos separação entre personagens, então uma hora você joga com uma dupla, outra hora com outra, uma hora com um trio, até chegar uma hora em que todos se reúnem.


Gráficos

Os gráficos do jogo são um dos melhores já vistos até agora, as CG’s são lindas e inesquecíveis, enquanto os gráficos de cenas/in-games normais são muito bem feitos e o rosto do personagem é tão detalhado, cada expressão é tão bem trabalhada, que você vê o que o personagem está sentindo á cada fala.

O mundo é muito bem detalhado, e você passará por belos cenários que serão admirados pelos seus olhos. As animações nas batalhas são muito boas, e você vai querer invocar um Eidolon várias vezes só para ver a cena. Não tem muito o que comentar dos gráficos, simplesmente acredite, são incríveis, principalmente se jogado em HD ou FullHD.

Jogabilidade

No começo do jogo, você tende a usar apenas o auto-battle (Um comando que escolhe sozinho o que usar, não é só apertar uma vez e batalha pronta, você aperta o auto-battle cada vez que terminar um movimento) para ir avançando, porém cuidado, nas primeiras horas já é possível você morrer se fizer apenas isso, deve-se prestar atenção no HP para usar potion nas horas certas. Horas de avanço depois, você até pode usar o auto-battle caso tenha preguiça de escolher todas as ações, mas é recomendado que você saiba certinho o que está fazendo, pois as batalhas ficam complexas e um errinho pode lhe dar um Game Over (Para dar Game Over, basta o líder do grupo – que é o personagem que você controla – morrer, ou seja, mesmo que os outros dois no grupo estejam vivos, se o líder morrer, é game over).

Durante as batalhas você pode trocar de Paradigm, o que muda as habilidades que seu personagem pode usar (Tipo: Commando é mais focado no ataque, enquanto Ravager em magias) é um sistema um pouco complicado de se explicar, mas que é muito importante nas batalhas, por isso deve-se fazer uma boa estratégia arrumando os paradigms para na hora da batalha não ter muita dificuldade. Lembrando que para usar habilidades, não se usa MP, só depende da sua barra de ação (que no avanço do jogo, vai ficando maior). Mas algumas habilidades necessitam o uso de TP.

Você também pode invocar Eidolons, mas apenas depois que conquistá-los. Invocar um Eidolon custa dois TP (Technical Points. O Máximo que um personagem tem é 5TP) que são adquiridos conseguindo um bom ranking na batalha (Que varia de 0 á 5 estrelas). Primeiramente fica apenas o líder do grupo e o seu Eidolon, você controla o líder do grupo, o Eidolon tem uma barra de tempo para permanecer em batalha (que diminui com o dano que ele toma também). Apertando um botão, ele entra no Driving Mode, onde você comandará o que seu Eidolon fará, o único tempo que há aqui é o para escolher cada ação, sendo que cada uma tem um custo diferente. Também é um pouco complicado explicar, mas só para vocês terem uma noção.

Também é possível deixar o inimigo em modo Stagger, fazendo combos que aumentarão uma porcentagem numa barra no canto superior direito da tela. Cada monstro tem uma porcentagem certa para ficar em Stagger, neste modo ele sofre mais dano, quanto mais porcentagem, será melhor para você. Também precisará usar muito isso nas batalhas, principalmente contra os chefes.

As batalhas não são encontros aleatórios. Elas acontecem quando você encosta em um inimigo no cenário, sendo que se o inimigo não te ver, você terá vantagem na batalha.

Os personagens não ganham level, ganham pontos (CP) para gastar em seu Crystarium, onde você escolhe o tipo de Role que deseja evoluir (Commando, Ravager, Medic...) e vai avançando de acordo com os CP que tem, assim você vai habilitando mais Strenght, HP, Magic, Habilidades novas, etc... É similar ao que vimos em Final Fantasy X.

Também há um sistema de evolução de armas, onde você pode dar experiência para sua arma, ao usar certos itens. Aumentar o nível da arma é ótimo para ter uma alta Strenght e Magic.

Muitas pessoas acham o começo linear, pois basta você seguir um caminho definido, onde tem algumas bifurcações que te levam á um item, mas sempre tem marcado no mapa onde você deve ir. O jogo deixa essa “linearidade” em cerca de 20 horas, aonde você chegará a Gran Pulse, e estará em um mundo imenso, cheio de side-quests para se fazer e cheio de itens escondidos... Eu mesmo não fiquei incomodado com as primeiras 20 horas, mas algumas pessoas podem não gostar.

Outros reclamam da ausência de cidades, mas durante o jogo passamos por várias, a diferença é que não entramos em todas as casas, exploramos toda a cidade, ou entramos em lojas. As compras são feitas em save points, sendo que Gil é algo raro. O bom é que depois de toda batalha, você é automaticamente curado (Não é um ponto negativo, vendo que você perde bastante HP em certas áreas do jogo e seria um desespero ter que comprar várias potions para se curar tantas vezes), então a preocupação com potions será apenas durante a batalha.

Som

Uma das melhores trilhas sonoras já feitas. As músicas se encaixam com o ambiente e são Cativantes e inesquecíveis... Quanto às músicas cantadas, algumas pessoas podem preferir as originais japonesas, mas as americanas também estão muito boas. O tema de batalha é viciante e você não enjoa de escutá-lo.

As vozes dos personagens são muito boas e bem dubladas... Mas se você se acostumou á ver os trailers em japonês, vai estranhar elas um pouco no começo, porém tudo é questão de costume, pois elas são boas sim (Claro que as vozes em japonês sempre são melhores, mas pelo menos nesse caso, a dublagem não ficou ruim).

Algumas músicas para conferirem: Blinded by Light (Battle Theme), Serah's Theme, Sunleth Waterscape, Blaze Edge.

Replay

Você irá jogar o jogo por muito tempo (Vai passar das 100 horas) se quiser pegar todos os troféus/achievments. Mas com certeza vale a pena rejogar para aproveitar a envolvente história novamente e rever todas as cenas lindas que temos durante todo o jogo. É um jogo que vale a pena jogar mais de uma vez, onde o destaque é a história e a batalha é muito divertida.

Mas tem quem goste e quem não goste, ainda mais hoje em dia na Internet, onde todos adoram criticar quase tudo. Porém não podemos esquecer que gosto é gosto e cada um tem o seu. No caso de FFXIII, é daqueles jogos que ou você ama, ou você odeia... Eu vou concordar com os japoneses, com a Famitsu, Dengeki, IGN, Eurogamer, Gamer Informer, entre outros... Ou seja, darei uma nota alta para o jogo. Quem amou, tudo bem, quem não amou, fazer o que... Vale lembrar que nota é apenas um número, e o que importa mesmo é o review, pois nota é algo bem pessoal.

PRÓS
+ Um dos gráficos mais bonitos até hoje
+ História incrível, envolvente e complexa
+ Trilha Sonora inesquecível
+ Sistema de batalha divertido
+ Sistema de evolução de personagens e armas interativo
+ Chefes difíceis que exigem boa estratégia
+ Mundo bem detalhado
+ Troféus/Achievments que exigem bastante do jogador

CONTRAS
- Primeiras 20 horas são mais lineares (O que pode irritar certos jogadores e passar tranqüilo para outros)
- Conseguir Gil é muito difícil (Porém se fosse fácil, tornaria o resto do jogo fácil pelas coisas que se pode comprar)







GALERIA
 
 





















2 comentários:

Renan Pinheiro disse...

Esse vai demorar pra eu jogar mas, não se pode negar que só vemos o poderio gráfico de um console, quando a Square lança um Final Fantasy para o mesmo.

Apesar do FF7 ter belos gráficos, a partir do 8 a Square foi a cada FF novo, dando aula de como tirar o melhor do poderio gráfico dos consoles!

EveR disse...

O game pode não ser perfeito (Nenhum game é, pois nenhum game consegue agradar á todos os jogadores) e o que tem de defeito eu citei no review, mas tem muitas qualidades que superam os defeitos, fora que os tais defeitos incomodam apenas alguns. Eu mesmo sou um que não se incomoda com a linearidade do começo, pois o que tem durante e depois compensa todo o tempo, ainda mais se você for fazer todas as missões e tentar platinar o jogo. Fora a história fantástica, que ás vezes nem todos entendem, mas quem entende sabe a grandiosidade dela. E também tem os gráficos e trilha sonora incríveis. Para mim o jogo vale 100, se para você não vale, tem o espaço abaixo para deixar seu comentário com sua opinião.

Obrigado á galera que visita o blog e viu meu review! Até a próxima =D